quarta-feira, 22 de junho de 2011

Almas Gêmeas

Almas Gêmeas

Concedida ao Diário da Região - São José do Rio Preto – SP

Ciça Bueno: Existem almas gêmeas?
Luiz Cuschnir: Existem sim, mas vamos refletir um pouco sobre esta velha crença? Ciça Bueno: Primeiramente, de onde vem este conceito tão popular há tantos séculos? Luiz Cuschnir: Na Grécia Antiga, relata Platão em sua obra "O Banquete" - dedicada inteiramente à apologia do amor -, que Aristófanes, um dos convidados para a ceia, relata que a natureza humana original era composta de três tipos diferentes de seres: os homens, as mulheres e um terceiro gênero, o andrógino, composto de metade masculina e metade feminina. Tais seres possuíam uma forma esférica, quatro mãos e quatro pernas, duas faces absolutamente idênticas e opostas uma à outra, ligadas a um pescoço arredondado, com as costas e costelas unidas, um único crânio e as partes genitais duplicadas. Podiam passear por onde quisessem de forma ereta como hoje e quando sentiam necessidade de correr, procediam como os equilibristas, formando uma grande roda e girando como uma estrela com seus oito membros. Por isso mesmo, eram muito vigorosos e possuíam uma força terrível. Certa vez, empreenderam uma investida contra os deuses do Olimpo e começaram a subir até o céu para atacar os divinos. Zeus, o Deus supremo, após muito pensar em como lhes enfrentar, resolveu cortá-los ao meio não apenas para enfraquecê-los, mas também para utiliza-los futuramente na raça humana. Uma vez realizada a divisão da natureza humana, eis que cada metade desejando a outra, a procurava e, os pares, estendendo os braços agarrando-se no desejo de se reunirem, morriam de fome e também de preguiça pois assim separados, não queriam fazer nada. Compadecido, Zeus deslocou-lhes o sexo para frente para que pudessem se reproduzir entre si. Esta união fecunda propagaria a raça dos homens. E de fato, desde então, o amor mútuo é inato entre os humanos que recompõem a sua essência primitiva, buscando a sua metade complementar e tentando curar desta forma, a natureza humana ferida. Por isso, vivemos sempre procurando nossa alma gêmea, nossa cara-metade, nossa outra metade da laranja, como se ela estivesse prontinha em algum lugar, apenas esperando por nós. Mas...em pleno ano 2004, será que não é preciso refletir sobre o tema e perceber que esta crença já não nos serve mais? A maneira como nos referimos à "alma gêmea" é sempre na hipótese de encontrarmos alguém e de este amor já estar totalmente pronto para ser vivido. Idealizamos alguém que se encaixe tão perfeitamente conosco, a ponto de não restar mais nada a fazer para que esse amor dê certo. Esta alma gêmea não existe. Ou pelo menos não existe mais nos nossos tempos. é claro que qualquer dupla de pessoas que se atraiam, tem condição de viver um amor a ponto de se tornar alma gêmea um do outro, desde que queiram. Mas hoje em dia, este sentimento tem que ser construído a dois. O prazer de amar está em poder expressar o amor e os sentimentos de forma espontânea. O prazer de amar está em encontrar um outro que nos respeite e nos aceite como somos. O prazer de amar está em amar o outro como ele é, em aceita-lo como é, sem querer transforma-lo. A partir daí, a relação vai sendo construída, com cada um se transformando voluntariamente para se tornar mais e mais amável aos olhos do outro. Porém, para "se acasalar" com alguém ou com a "nossa alma gêmea", é preciso ter consciência de que devemos encontrar a alma gêmea que existe dentro de nós mesmos pois, conforme diz o mito, temos a plena sensação de sermos um todo completo, formado de duas partes, desde as nossas origens. E somos mesmo. Dentro de nós mora um lado masculino, espiritual, expressivo e intuitivo e, um lado feminino, sentimental, emocional e passivo, que devem se encontrar e "se casar" primariamente. Se esse casal não se encontrar internamente ou seja se a alma e o espírito não estiverem em harmonia e em troca, então não se atrairá isto para a própria vida. Porque só conseguimos atrair para nossa vida o que já mora dentro de nós. Ou seja, primeiramente devo me conhecer, me amar e me respeitar para que depois alguém possa fazer o mesmo por mim. é a isso que chamamos auto-estima ou auto-valor. Só assim estaremos prontos para atrair para a nossa vida, alguém com o mesmo padrão de harmonia e amor que vivemos internamente e esta dupla de seres humanos terá a satisfação de construir um amor no qual possam se tornar almas gêmeas. Outro aspecto importante de lembrar é que até poucas décadas atrás, só vivíamos "uma vida" ou um amor em toda a vida. Se desse certo muito que bem, mas se não desse, éramos obrigados a suportar aquela relação pelo resto da vida. Hoje em dia não é mais assim. Vivemos num tempo em que tudo muda tão rápido, que cada um de nós tem a possibilidade de viver várias vidas numa só ou várias relações ao longo da vida. Sobretudo porque podemos nos transformar. Isso não era possível até bem pouco tempo atrás. Mas desde a descoberta de Plutão, o planeta da transformação, em 1930, a consciência humana passou a se questionar e a desejar viver com mais lucidez, transformando-se sempre, para se tornar um ser humano melhor. Se você não se satisfaz com o lugar onde mora, você muda; se você não gosta de sua profissão ou do seu emprego, você muda; se você não consegue desenvolver um amor genuíno e prazeiroso com alguém, você também pode mudar de companheiro. E é claro que a troca freqüente de parceiros também dificulta a maturidade de uma relação para que os envolvidos cheguem ao ponto de se tornarem almas gêmeas. Talvez devêssemos refletir mais antes de sair por aí trocando de parceiro a três por quatro, se não somos nós mesmos que estamos precisando mudar de atitude, ou fazer uma transformação, admitir que somos difíceis de conviver ou que temos muito orgulho, vaidade ou inflexibilidade e que ninguém é obrigado a nos agüentar assim tão pouco amáveis. Se ficarmos esperando que o outro nos ame, nos valorize e nos diga quem somos nós, as chances dessa relação não dar certo são imensas: se nós não nos valorizamos, se nós não nos estimamos, se nós não nos amamos, não nos conhecemos e não nos respeitamos, como é que podemos querer que alguém o faça? E se o parceiro não fizer o mesmo, vai-se abrindo uma brecha, um abismo entre as duas pessoas e a relação pode murchar em função deste descompasso no desenvolvimento de cada um. Aí somos obrigados a partir, em busca de uma nova fonte de troca. Portanto, almas podem se encontrar sim e se tornarem "gêmeas" durante a relação. Como pode acontecer ao contrário de duas pessoas que são almas gêmeas se encontrarem e porem tudo a perder por sua imaturidade, excesso de individualismo, vaidade, ignorância...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ANDROPAUSA: "A MENOPAUSA NO HOMEM"

 

Ainda há bem pouco tempo, se pensava que após certa idade, era normal e fisiológico o homem tornar-se mais triste, apático, apresentando em simultâneo perda do apetite sexual, isto é, características atribuídas ao envelhecimento. Ao contrário do que ocorre na menopausa feminina, com uma diversidade de sintomas, desde afrontamentos, irritabilidade, depressão, etc., os sintomas físicos da andropausa no homem são mais subtis, não sendo observados e identificados, com facilidade.

É um tema científico ainda de estudo recente, não havendo portanto um consenso unânime no mundo científico da medicina.

“A andropausa corresponde a um período da vida do homem em que alguns apresentam sintomas decorrentes da diminuição dos níveis de testoterona (hormona masculina).

Tal diminuição é fisiológica, isto é, normal ocorrendo em aproximadamente a 1% ao ano, após os 40 anos.

Depois dos 50 anos, 40 % dos homens apresentam sintomas sugestivos de queda dos níveis de hormonas. Não existe, no entanto, um critério uniforme na medicina sobre como e se é necessário tratar, uma vez que os efeitos colaterais dos medicamentos hormonais masculinos são bastantes”.


Reconhecendo o problema

Embora já tenham sido confundidos com situações de depressão, os sintomas mais comuns são: desinteresse sexual, problemas de erecção, falta de concentração e de memória, queda de pelos púbicos, insónia, perda de peso e por vezes consequentemente o próprio quadro depressivo. Em casos extremos, a baixa da produção de testosterona pode provocar osteoporose.

“Se um homem apresentar tais queixas que aparecem em geral de forma lenta e progressiva, deve procurar o médico que então fará o doseamento hormonal para saber como estão os níveis de testosterona” no sangue.


Quando tratar

O tratamento é recomendável apenas quando a quebra hormonal for acentuada. “Tal reposição deve ser feita, porém, sob rigoroso acompanhamento médico com uma criteriosa avaliação geral do paciente.

Porque assim como as hormonas femininas, a testosterona sintética (que é produzida em laboratório) apresenta também consideráveis efeitos colaterais. O principal problema reside no aumento de risco do homem vir a apresentar tumor d próstata. “Esse tipo de tumor necessita de hormonas masculinas para se desenvolver”. Se o homem tiver um cancro oculto ou uma predisposição, então o aporte hormonal esterno poderá acelerar o seu desenvolvimento. Nesses casos, a terapêutica hormonal substitutiva estará totalmente contra-indicada.

Outro efeito colateral importante são as alteração do funcionamento do fígado provocadas pela testosterona, quando administrada por via oral. “Existe aumento da predisposição de desenvolver doenças cardiovasculares e até o próprio aumento de volume da próstata, que causa ou intensifica problemas urinários como a dificuldade para urinar”.

A qualquer sintoma, o médico deve ser sempre procurado. “Embora a andropausa atinja com maior intensidade os fumantes, os alcoólicos e todos que apresentem doenças crónicas, como diabetes, doenças coronárias, hipertensão arterial e obesidade, apenas o profissional médico sabe indicar a melhor forma de tratamento e sua necessidade”. “A principal contra-indicação é tomar hormonas por autoria própria, sem acompanhamento médico”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

RELACIONAMENTOS


Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.

Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????
Arnaldo Jabor

terça-feira, 24 de maio de 2011

Como superar o fim de um relacionamento?

Por Andreia Mattiuci
fim de relacionamento 150x150 Como superar o fim de um relacionamento?
Todos acreditavam que se tratava de um príncipe. Sempre gentil, abria a porta do carro, dava presentes com freqüência, era bonito, galanteador e falava eu te amo com tanta freqüência que até mesmo a mais desconfiada das mulheres acreditaria. Um dia o príncipe foi embora, sem muitas explicações disse que o relacionamento estava desgastado e que apesar de todo amor precisava ir embora. Na verdade ele já havia achado uma “nova princesa”. Ele se casou, teve filhos e é bem provável que nem se lembre que um dia deixou um castelo em ruínas causado pela infinita tristeza do abandono.
Por muito tempo o castelo abalado e solitário viveu as sombras da indignação e revolta, ninguém pode imaginar o quanto ela sofreu.
A princesa só conseguiu seguir sua vida quando percebeu que a culpa pelo seu sofrimento era exclusivamente sua. Sim. Nós somos responsáveis pelos nossos sofrimentos e por permitir que as pessoas entrem em nossas vidas e façam o que quiserem. Esquecemos apenas que somos a única pessoa que tem a chave do portão e que podemos controlar a entrada e saída. Mas então, como sabemos quem é príncipe e quem é sapo e como controlamos a “portaria” da nossa vida ? Fácil, os príncipes não existem, com exceção é claro dos desenhos, filmes e novelas. O resto é farsa. Infelizmente crescemos com a falsa idéia de que alguém irá nos salvar e de que seremos felizes para sempre. O resultado é que criamos expectativas demais nas nossas relações e principalmente na outra pessoa. Não podemos nos comportar como se fossemos princesas a espera de salvação, primeiro porque princesas também não existem e segundo porque não podemos depender de alguém para nos salvar ou para sermos felizes.
Quanto a princesa, ela deixou de ser princesa e por conseqüência não quis encontrar outro príncipe, casou-se com um homem normal, com todos os seus defeitos e é claro qualidades. Mas antes disso tudo, aprendeu a ser feliz sozinha e passou a acreditar no amor sem cobranças, sem correntes e sofrimentos. Terminou a faculdade, foi promovida no emprego, comprou sua casa, tornou-se independente. Um dia saiu com alguém sem pretensões, não sentiu aquele frio na barriga, nem viu estrelas e corações caírem, mas ali de mãos dadas pode sentir a segurança e confiança de um homem comum. Não podemos dizer que eles serão felizes para sempre, mas podemos afirmar que hoje eles são, e é isso o que importa.

PORQUE AS MULHERES SÃO APAIXONADAS POR SAPATOS

A mulher carrega dentro de si uma necessidade de se expressar, muito maior do que qualquer homem. Dentro dessa necessidade estabelecesse também uma matriz de feminilidade, uma essência bruta, do poder e da ingenuidade que cada uma tem dentro de si. Toda mulher, quer ser mais mulher, e no meio desse paradoxo quase absurdo de se tornar mais ela do que ela, existe um fascínio sem tamanho, que engloba todo um universo de expressões, sejam elas, corporais, visuais ou diagnosticadas dentro de um estilo. E é ai, no meio dessa busca de se tornar o "mais" que elas encaram todos os dias, uma nova personagem delas mesmas. Toda mulher é várias. E dentro destas várias, existem vários eles, que tornam tudo mais forte.

Desde criança, somos induzidas a acreditar que com o "sapatinho de cristal" vem o príncipe. Ou que, se você usar o sapato da sua mãe, mesmo que ele não caiba em 1/3 do seu pé tão miúdo, isso lhe tornará mais mulher e consequentemente, mais forte. Por quê se você parar para analisar, toda menina tem um deslumbramento pela mãe, ela é rainha, poderosa, incontestável. E inevitavelmente queremos ser iguais a elas. Tudo isso se da de maneira inconsciente, de forma que ninguém perceba nem mesmo a mulher que vive por ai, alucinada atrás de um novo par de sapatos. Existe algo dentro deles, que encanta, muito mais do que qualquer roupa. Para os sapatos, não existem preconceitos, paradigmas ou qualquer pré-definição, ele é democrático não recusa gordinhas, magrinhas, baixinhas, negras, brancas... não discrima aparência física, e transita desde as mais fashionistas, até mais "despreendidas".

Talvez este seja o ápice da paixão feminina por sapatos, a capacidade de ser você. E dentro deste "você" ser várias. Com um salto, ter poder. Com uma sapatilha, ter românce. Com uma bota, atitude. Com uma rasteira, casualidade. Não importa, sapato é antes de tudo, uma paixão. E mulher, não vive sem, é coisa que nasce com a gente. Um predileção exata, que vem desde os contos de fadas que tanto admiramos quando pequenas. Uma paixão que não cabe em quantidades e sim, em personalidades.

As mulheres são apaixonadas por sapatos, porque inevitavelmente são apaixonadas por elas mesmas, e por suas diversas maneiras de ser elas.


Matéria escrita para o concurso "Repórter Dakota"