terça-feira, 24 de maio de 2011

Como superar o fim de um relacionamento?

Por Andreia Mattiuci
fim de relacionamento 150x150 Como superar o fim de um relacionamento?
Todos acreditavam que se tratava de um príncipe. Sempre gentil, abria a porta do carro, dava presentes com freqüência, era bonito, galanteador e falava eu te amo com tanta freqüência que até mesmo a mais desconfiada das mulheres acreditaria. Um dia o príncipe foi embora, sem muitas explicações disse que o relacionamento estava desgastado e que apesar de todo amor precisava ir embora. Na verdade ele já havia achado uma “nova princesa”. Ele se casou, teve filhos e é bem provável que nem se lembre que um dia deixou um castelo em ruínas causado pela infinita tristeza do abandono.
Por muito tempo o castelo abalado e solitário viveu as sombras da indignação e revolta, ninguém pode imaginar o quanto ela sofreu.
A princesa só conseguiu seguir sua vida quando percebeu que a culpa pelo seu sofrimento era exclusivamente sua. Sim. Nós somos responsáveis pelos nossos sofrimentos e por permitir que as pessoas entrem em nossas vidas e façam o que quiserem. Esquecemos apenas que somos a única pessoa que tem a chave do portão e que podemos controlar a entrada e saída. Mas então, como sabemos quem é príncipe e quem é sapo e como controlamos a “portaria” da nossa vida ? Fácil, os príncipes não existem, com exceção é claro dos desenhos, filmes e novelas. O resto é farsa. Infelizmente crescemos com a falsa idéia de que alguém irá nos salvar e de que seremos felizes para sempre. O resultado é que criamos expectativas demais nas nossas relações e principalmente na outra pessoa. Não podemos nos comportar como se fossemos princesas a espera de salvação, primeiro porque princesas também não existem e segundo porque não podemos depender de alguém para nos salvar ou para sermos felizes.
Quanto a princesa, ela deixou de ser princesa e por conseqüência não quis encontrar outro príncipe, casou-se com um homem normal, com todos os seus defeitos e é claro qualidades. Mas antes disso tudo, aprendeu a ser feliz sozinha e passou a acreditar no amor sem cobranças, sem correntes e sofrimentos. Terminou a faculdade, foi promovida no emprego, comprou sua casa, tornou-se independente. Um dia saiu com alguém sem pretensões, não sentiu aquele frio na barriga, nem viu estrelas e corações caírem, mas ali de mãos dadas pode sentir a segurança e confiança de um homem comum. Não podemos dizer que eles serão felizes para sempre, mas podemos afirmar que hoje eles são, e é isso o que importa.

PORQUE AS MULHERES SÃO APAIXONADAS POR SAPATOS

A mulher carrega dentro de si uma necessidade de se expressar, muito maior do que qualquer homem. Dentro dessa necessidade estabelecesse também uma matriz de feminilidade, uma essência bruta, do poder e da ingenuidade que cada uma tem dentro de si. Toda mulher, quer ser mais mulher, e no meio desse paradoxo quase absurdo de se tornar mais ela do que ela, existe um fascínio sem tamanho, que engloba todo um universo de expressões, sejam elas, corporais, visuais ou diagnosticadas dentro de um estilo. E é ai, no meio dessa busca de se tornar o "mais" que elas encaram todos os dias, uma nova personagem delas mesmas. Toda mulher é várias. E dentro destas várias, existem vários eles, que tornam tudo mais forte.

Desde criança, somos induzidas a acreditar que com o "sapatinho de cristal" vem o príncipe. Ou que, se você usar o sapato da sua mãe, mesmo que ele não caiba em 1/3 do seu pé tão miúdo, isso lhe tornará mais mulher e consequentemente, mais forte. Por quê se você parar para analisar, toda menina tem um deslumbramento pela mãe, ela é rainha, poderosa, incontestável. E inevitavelmente queremos ser iguais a elas. Tudo isso se da de maneira inconsciente, de forma que ninguém perceba nem mesmo a mulher que vive por ai, alucinada atrás de um novo par de sapatos. Existe algo dentro deles, que encanta, muito mais do que qualquer roupa. Para os sapatos, não existem preconceitos, paradigmas ou qualquer pré-definição, ele é democrático não recusa gordinhas, magrinhas, baixinhas, negras, brancas... não discrima aparência física, e transita desde as mais fashionistas, até mais "despreendidas".

Talvez este seja o ápice da paixão feminina por sapatos, a capacidade de ser você. E dentro deste "você" ser várias. Com um salto, ter poder. Com uma sapatilha, ter românce. Com uma bota, atitude. Com uma rasteira, casualidade. Não importa, sapato é antes de tudo, uma paixão. E mulher, não vive sem, é coisa que nasce com a gente. Um predileção exata, que vem desde os contos de fadas que tanto admiramos quando pequenas. Uma paixão que não cabe em quantidades e sim, em personalidades.

As mulheres são apaixonadas por sapatos, porque inevitavelmente são apaixonadas por elas mesmas, e por suas diversas maneiras de ser elas.


Matéria escrita para o concurso "Repórter Dakota"