A menopausa não deve ser encarada como uma fase ruim, mas de libertação
A menopausa não deve ser encarada como uma fase ruim, mas de
libertação. Descubra as alternativas de profissionais da saúde para permitir
que as mulheres continuem mais joviais, saudáveis, belas e fiquem ainda mais
sábias.
Não se assuste se aquela pessoa que sempre foi um poço de
equilíbrio e sabedoria começar a mudar de humor a cada minuto ou se você
encontrá-la se abanando de calor em pleno inverno. Ela não está ficando
temperamental ou desequilibrada, isso é, até está, mas ela provavelmente pode
estar passando por sintomas comuns do climatério, fase de transição que vem
antes da menopausa em que o estrogênio produzido pelos ovários vai
progressivamente deixando de ser fabricado. Os ovários começam a apresentar
crescente irregularidade, até a parada total da ovulação (os folículos
amadurecem, mas não se rompem e portanto não liberam óvulos). Antes de procurar
um ginecologista e começar o controvertido tratamento de reposição hormonal
para tratar uma possível descalcificação dos ossos, secura vaginal e problemas
no coração, é preciso conhecer algumas dicas de terapeutas que estão
conseguindo diminuir esses e outros desconfortos com práticas alternativas.
Exercício e acupuntura
A vida sedentária é péssima companheira da menopausa, por isso a nutricionista Regina Sarmento recomenda que as mulheres se exercitem. Melhor ainda se esse exercício for ao ar livre, pois o sol ajuda no combate da osteoporose, a descalcificação dos ossos. O ginecologista Nelson Vitiello, presidente da Sociedade Brasileira de Estudosem
Sexualidade Humana e autor do livro "500 Perguntas sobre
sexo", (Ed. Objetiva, R$ 24,90), diz que exercícios físicos também
favorecem a liberação de substâncias cerebrais que aumentam a sensação de
bem-estar, como a serotonina, o que aumenta a libido. Uma das questões mais
chatas da menopausa. Alguns autores como o próprio Vitiello acreditam que a
perda de libido é puramente psicológica, outros, como o médico Alcio Gomes,
vêem esse assunto com mais sensibilidade. "Com os anos, ocorre declínio da
Energia e da Essência do Yin e do Yang, e muitas vezes essas modificações
ocorrem de forma tempestuosa. Nesses casos a diminuição da Yin leva a uma
deficiência do Yang e como resultado a falta de aquecimento e umidade nos
órgãos sexuais. Além de essas modificações gerarem secura da mucosa vaginal,
ela poderá sentir a sensação da pélvis congelada, fria, cansaço, fraqueza nas
pernas e nas costas, aumento do volume urinário e necessidade noturna aumentada
de micção", explica. Alcio recomenda, genericamente, que a mulher use as
derivadas da soja que contém substâncias isoflavonas. "Elas trazem
benefício para área dos calores e da secura vaginal". O especialista em
Medicina chinesa recomenda o consumo da soja como tofu ou o grão torrado moído
no liqüidificador como uma granola, mas avisa: cuidado que engorda. As outras
indicações da Medicina chinesa para combater os sintomas da menopausa são a Cimicifuga
mais conhecida como Black Cohoch e a erva Angelica Sinensis, considerada na
China, a erva da mulher.
Meditação e yoga
A meditação também é uma dica excelente para restabelecer o equilíbrio. A instrutora de meditação transcendental, Adriana Maranhão, diz que vinte minutos de meditação dão um descanso mais profundo do que seis a oito horas de sono e podem eliminar os sintomas comuns da menopausa como irritação e depressão. Outra boa dica é a yoga. Em seu estúdio na Zona Sul do Rio de Janeiro, a professora de yoga, Anne Marie Bruno, 63 anos, tem um turma especial para mulheres que estão entrando na menopausa. "Criei o grupo pelo fato de já ter passado pela fase da menopausa - tenho 63 anos e de ter várias alunas nesta fase difícil para a mulher. Comecei a me interessar pelo assunto e fiz um curso específico da técnica de yogaterapia hormonal para a menopausa, criado pela professora Dinah Rodrigues. As aulas são dinâmica em energia e respiração intensa, mas não tem o ritmo puxado da Power Yoga. As posições são as mesmas do Hatha Yoga, porém acompanhadas de respirações especificas - pranayamas-, de contrações - bandhas -, de visualizações e direcionamentos de energia. A intenção é que os movimentos de cada postura atuem no corpo físico e no energético. A yoga, segundo a professora, pode amenizar e até reverter a secura vaginal, insônia, problemas emocionais ou perda de memória. "Alguns benefícios aparecem logo nos primeiros meses, dependendo da continuidade da prática. Os de ordem emocional são notados logo nas primeiras semanas", garante Anne Marie. Um mínimo de flexibilidade é o pré-requisito para freqüentar as aulas. Alunas que não pratiquem nenhum tipo de exercício ou estão acima do peso devem freqüentar aulas normais de yoga antes.
Fitoterapia
Quem não se lembra dos chazinhos que a vovó oferecia? Pois eles fazem um tremendo efeito. As ervas auxiliam muito as mulheres nessa nova fase. A etnobotânica Vera Fróes, presidente do Instituto de estudos da Cultura Amazônica – IECAM, recomenda chás de sálvia (planta seca ou fresca ) e de folha de amora. O chá de sálvia deve ser bebido por três meses, três vezes ao dia e depois deve haver um descanso de seis meses para reiniciar a operação. Cápsulas são uma boa opção para quem não gosta de chá e infusões. O laboratório Herbarium indica vários comprimidos feitos à base de plantas: Hipérico - um antidepressivo natural - , Vitex agnus castus – antidepressivo que diminuí a dor nos mamilos e aumenta o libido - e Prímoris – que auxilia no controle da irritabilidade, depressão e insônia, amenizando, também, as crises de calor. Os suplementos alimentares como vitamina E, ginseng, magnésio e óleo de prímula, aliados a exercícios da musculatura pélvica e lubrificantes à base de água, são fantásticos para combater a temida secura vaginal. Já os comprimidos de IsoSoy são uma nova terapia natural de reposição hormonal e não apresentam os efeitos colaterais, como o aparecimento do câncer de mama e do endométrio, da reposição feita a base de hormônios sintéticos.
Alimentação
Para a nutricionista Regina Sarmento, o lado emocional é mais forte que o físico nessa fase da vida e, para aliviar o desconforto, as mulheres devem fazer uma dieta balanceada. Na próxima compra de supermercado, deve-se incluir itens como frutas cítricas que possuem propriedades anti-oxidantes (laranja, tangerina, maracujá e limão), melancia, maçã, pêra, melão, inhame(deve substituir a batata inglesa porque é uma raiz que purifica), aipo, pepino e salsa (em forma de suco ou como tempero na comida). O missô - pasta de soja salgada utilizada como tempero - e o tofu - queijo da soja - facilmente encontrados em lojas de produtos naturais, devem ser consumidos com freqüência. Peixes como sardinha, tainha, salmão e pescada também devem ser incluídos pois possuem Ômega 3, um ácido graxo que reduz o colesterol. E, atenção, chegou a parte mais gostosa da dieta, a nutricionista receita um cálice de vinho tinto por dia. "O vinho reduz radicais livres e ajuda a baixar a pressão arterial. Além de ser muito agradável, faz bem para o corpo e para a alma", sugere. Regina recomenda também a redução das carnes vermelhas, do excesso de doces, do consumo de alimentos calóricos, picantes (temperados com curry, gengibre, pimenta e canela), café, guaraná em pó, refrigerantes e mate. A forma de cozimento também influencia nos efeitos da menopausa. Assar ou cozinhar na panela de pressão e bebidas quentes retêm calor e fazem com que a sensação de calores seja mais forte. Para melhor digestão, Regina aconselha ainda comer os alimentos levemente cozidos. No livro "Alimentos, o melhor remédio para a boa saúde", (Ed. Campus, R$72,00), Jean Casper recomenda o consumo de linhaça, proteína de soja, soja texturizada, tofu e leite de soja. Já até foi comprovado que as asiáticas, cuja dieta contém alto teor de soja, sofrem menos com os sintomas da menopausa. O livro recomenda bourbon, cerveja e vinho. O autor diz também que o inhame repõe o estrogênio e previne a osteoporose e o ressecamento vaginal. A nutricionista inglesa Maryon Stewart, em seu livro "Vença a Menopausa sem Terapia de Reposição Hormonal", (Ed. Paulinas, R$ 26,50), verificou que muitos desses sintomas podem ser amenizados com uma mudança na dieta e no estilo de vida. A dieta específica inclui ainda alimentos ricos em cálcio, frutas, legumes e a substituição da carne vermelha por carne branca. Açúcar, cigarros, café e chás que contêm cafeína devem ser abolidos, porque aumentam a perda de cálcio dos ossos.
Depois de ler tantas dicas, chegou a hora de "mudar de ares". Uma grande pedida é uma excursão organizada pela agência de turismo americana Menopausa Tours. A companhia é especializada em turismo para mulheres dinâmicas que estão no melhor período da vida. São oferecidas hospedagens em confortáveis propriedades históricas, transporte terrestre e pacotes com atividades para grupos. O mais importante dessa fase é lembrar que climatério, menopausa e pós-menopausa não são doenças ou sinais de envelhecimento, são etapas da vida de uma mulher e significam vivência, amadurecimento e realização como ser humano. É um momento de pausa para pensar, viver e crescer como mulher, é a fase da Coerência, segundo a Medicina milenar chinesa
Exercício e acupuntura
A vida sedentária é péssima companheira da menopausa, por isso a nutricionista Regina Sarmento recomenda que as mulheres se exercitem. Melhor ainda se esse exercício for ao ar livre, pois o sol ajuda no combate da osteoporose, a descalcificação dos ossos. O ginecologista Nelson Vitiello, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos
Meditação e yoga
A meditação também é uma dica excelente para restabelecer o equilíbrio. A instrutora de meditação transcendental, Adriana Maranhão, diz que vinte minutos de meditação dão um descanso mais profundo do que seis a oito horas de sono e podem eliminar os sintomas comuns da menopausa como irritação e depressão. Outra boa dica é a yoga. Em seu estúdio na Zona Sul do Rio de Janeiro, a professora de yoga, Anne Marie Bruno, 63 anos, tem um turma especial para mulheres que estão entrando na menopausa. "Criei o grupo pelo fato de já ter passado pela fase da menopausa - tenho 63 anos e de ter várias alunas nesta fase difícil para a mulher. Comecei a me interessar pelo assunto e fiz um curso específico da técnica de yogaterapia hormonal para a menopausa, criado pela professora Dinah Rodrigues. As aulas são dinâmica em energia e respiração intensa, mas não tem o ritmo puxado da Power Yoga. As posições são as mesmas do Hatha Yoga, porém acompanhadas de respirações especificas - pranayamas-, de contrações - bandhas -, de visualizações e direcionamentos de energia. A intenção é que os movimentos de cada postura atuem no corpo físico e no energético. A yoga, segundo a professora, pode amenizar e até reverter a secura vaginal, insônia, problemas emocionais ou perda de memória. "Alguns benefícios aparecem logo nos primeiros meses, dependendo da continuidade da prática. Os de ordem emocional são notados logo nas primeiras semanas", garante Anne Marie. Um mínimo de flexibilidade é o pré-requisito para freqüentar as aulas. Alunas que não pratiquem nenhum tipo de exercício ou estão acima do peso devem freqüentar aulas normais de yoga antes.
Fitoterapia
Quem não se lembra dos chazinhos que a vovó oferecia? Pois eles fazem um tremendo efeito. As ervas auxiliam muito as mulheres nessa nova fase. A etnobotânica Vera Fróes, presidente do Instituto de estudos da Cultura Amazônica – IECAM, recomenda chás de sálvia (planta seca ou fresca ) e de folha de amora. O chá de sálvia deve ser bebido por três meses, três vezes ao dia e depois deve haver um descanso de seis meses para reiniciar a operação. Cápsulas são uma boa opção para quem não gosta de chá e infusões. O laboratório Herbarium indica vários comprimidos feitos à base de plantas: Hipérico - um antidepressivo natural - , Vitex agnus castus – antidepressivo que diminuí a dor nos mamilos e aumenta o libido - e Prímoris – que auxilia no controle da irritabilidade, depressão e insônia, amenizando, também, as crises de calor. Os suplementos alimentares como vitamina E, ginseng, magnésio e óleo de prímula, aliados a exercícios da musculatura pélvica e lubrificantes à base de água, são fantásticos para combater a temida secura vaginal. Já os comprimidos de IsoSoy são uma nova terapia natural de reposição hormonal e não apresentam os efeitos colaterais, como o aparecimento do câncer de mama e do endométrio, da reposição feita a base de hormônios sintéticos.
Alimentação
Para a nutricionista Regina Sarmento, o lado emocional é mais forte que o físico nessa fase da vida e, para aliviar o desconforto, as mulheres devem fazer uma dieta balanceada. Na próxima compra de supermercado, deve-se incluir itens como frutas cítricas que possuem propriedades anti-oxidantes (laranja, tangerina, maracujá e limão), melancia, maçã, pêra, melão, inhame(deve substituir a batata inglesa porque é uma raiz que purifica), aipo, pepino e salsa (em forma de suco ou como tempero na comida). O missô - pasta de soja salgada utilizada como tempero - e o tofu - queijo da soja - facilmente encontrados em lojas de produtos naturais, devem ser consumidos com freqüência. Peixes como sardinha, tainha, salmão e pescada também devem ser incluídos pois possuem Ômega 3, um ácido graxo que reduz o colesterol. E, atenção, chegou a parte mais gostosa da dieta, a nutricionista receita um cálice de vinho tinto por dia. "O vinho reduz radicais livres e ajuda a baixar a pressão arterial. Além de ser muito agradável, faz bem para o corpo e para a alma", sugere. Regina recomenda também a redução das carnes vermelhas, do excesso de doces, do consumo de alimentos calóricos, picantes (temperados com curry, gengibre, pimenta e canela), café, guaraná em pó, refrigerantes e mate. A forma de cozimento também influencia nos efeitos da menopausa. Assar ou cozinhar na panela de pressão e bebidas quentes retêm calor e fazem com que a sensação de calores seja mais forte. Para melhor digestão, Regina aconselha ainda comer os alimentos levemente cozidos. No livro "Alimentos, o melhor remédio para a boa saúde", (Ed. Campus, R$72,00), Jean Casper recomenda o consumo de linhaça, proteína de soja, soja texturizada, tofu e leite de soja. Já até foi comprovado que as asiáticas, cuja dieta contém alto teor de soja, sofrem menos com os sintomas da menopausa. O livro recomenda bourbon, cerveja e vinho. O autor diz também que o inhame repõe o estrogênio e previne a osteoporose e o ressecamento vaginal. A nutricionista inglesa Maryon Stewart, em seu livro "Vença a Menopausa sem Terapia de Reposição Hormonal", (Ed. Paulinas, R$ 26,50), verificou que muitos desses sintomas podem ser amenizados com uma mudança na dieta e no estilo de vida. A dieta específica inclui ainda alimentos ricos em cálcio, frutas, legumes e a substituição da carne vermelha por carne branca. Açúcar, cigarros, café e chás que contêm cafeína devem ser abolidos, porque aumentam a perda de cálcio dos ossos.
Depois de ler tantas dicas, chegou a hora de "mudar de ares". Uma grande pedida é uma excursão organizada pela agência de turismo americana Menopausa Tours. A companhia é especializada em turismo para mulheres dinâmicas que estão no melhor período da vida. São oferecidas hospedagens em confortáveis propriedades históricas, transporte terrestre e pacotes com atividades para grupos. O mais importante dessa fase é lembrar que climatério, menopausa e pós-menopausa não são doenças ou sinais de envelhecimento, são etapas da vida de uma mulher e significam vivência, amadurecimento e realização como ser humano. É um momento de pausa para pensar, viver e crescer como mulher, é a fase da Coerência, segundo a Medicina milenar chinesa
Por Claudia
Altschüller • 26/03/2001
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